Tinto doce

Com aromas intensos e ricos, os vinhos tintos doces estão entre os mais apreciados e cobiçados do mundo. Com uma estrutura marcante e singular, essa categoria de vinho harmoniza especialmente bem com chocolate — sendo, inclusive, uma das poucas bebidas capazes de acompanhar com excelência esse tipo de doce, elaborado a partir do cacau.

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Quando combinado com sobremesas, o vinho tinto doce revela ainda mais sua personalidade, e sua versatilidade permite que ele também seja degustado sozinho, como um “vinho de meditação“, graças à complexidade de sabores e aromas que se expressam plenamente no paladar.

Além das sobremesas, esse tipo de vinho também se harmoniza muito bem com queijos específicos, criando experiências gustativas memoráveis. Em diversos países, os exemplares de vinho tinto doce reúnem características como corpo, fruta e taninos equilibrados. Um exemplo notável é o raríssimo “Recioto della Valpolicella”, um dos grandes tesouros da viticultura italiana, conhecido por sua riqueza de sabores e impressionante longevidade.

Considerado uma variedade sofisticada, o vinho tinto doce tem no clássico Vinho do Porto, originário da região do Douro, em Portugal, um de seus mais emblemáticos representantes. Esse estilo de vinho se destaca pelo açúcar residual, resultante da interrupção da fermentação com a adição de aguardente vínica — um destilado obtido a partir de subprodutos da uva. Esse processo preserva os açúcares naturais da fruta, conferindo ao vinho sua doçura característica.

É comum que o vinho tinto doce seja confundido com o vinho suave, mas existem diferenças significativas entre eles. Enquanto ambos apresentam sabor adocicado, o vinho tinto doce se destaca por sua qualidade superior, tanto no processo de elaboração quanto nos ingredientes utilizados. Os melhores e mais caros vinhos do mundo pertencem, muitas vezes, a essa categoria. A doçura no vinho tinto doce provém exclusivamente da uva — seja ela colhida no ponto ideal de maturação ou submetida à adição de destilados como a bagaceira ou a aguardente vínica —, o que garante ao rótulo um nível elevado de complexidade e finesse.

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