Vinhos Rosés

Muito apreciados durante o verão europeu, os rosés enfrentaram certo preconceito no Brasil por um bom tempo, em parte devido à popularidade, nas décadas de 1960 e 1970, de versões excessivamente doces e de qualidade inferior. No entanto, os rosés de qualidade são produzidos por meio de técnicas específicas de vinificação. A mais comum consiste em manter o mosto em contato com as cascas de uvas tintas por algumas horas, o suficiente para extrair cor e aromas, mas sem atingir a intensidade de um tinto. Após esse breve contato, as cascas são retiradas, e o vinho segue sua fermentação como um branco.

Uma outra técnica bastante utilizada é a sangria, que tem como objetivo concentrar vinhos tintos. Nesse processo, parte do mosto em fermentação é retirada, aumentando a proporção de cascas no líquido restante. O vinho extraído é então vinificado como rosé.

Na região de Champagne, por sua vez, os rosés são frequentemente produzidos pela adição de uma pequena quantidade de vinho tinto ao vinho branco. Apesar de ser uma prática permitida e amplamente utilizada por lá, esse método geralmente resulta em vinhos de qualidade inferior se comparados aos produzidos pelas técnicas anteriores.

Diversas uvas podem ser utilizadas na produção de rosés. Na França, a Grenache é uma das castas mais comuns, enquanto na Califórnia, nos Estados Unidos, a Zinfandel é bastante popular para esse estilo de vinho.

Com aromas de frutas vermelhas, baixa presença de taninos e excelente acidez, os rosés são ideais para acompanhar uma ampla variedade de pratos, além de serem ótimas opções como aperitivos ou para serem apreciados sozinhos, especialmente em dias quentes.