Riesling

Os vinhos elaborados com essa variedade destacam-se por sua acidez marcante e intensos aromas, tornando-se extremamente expressivos. Os melhores exemplares são, geralmente, varietais — ou seja, produzidos exclusivamente com a uva Riesling. Existem duas principais variantes da casta: a Riesling Renana, considerada de qualidade superior, e a Riesling Itálica, de menor expressividade.

Com textura envolvente, os vinhos Riesling podem variar do estilo seco ao meio-doce e até extremamente doce, oferecendo grande versatilidade. Entre os vinhos doces mais renomados produzidos com essa casta, destacam-se dois estilos obtidos por processos distintos.

O primeiro é o Eiswein (ou “vinho de gelo”), produzido a partir de uvas que permanecem congeladas no vinhedo por vários dias, devido às baixas temperaturas. Após a colheita, essas uvas congeladas são prensadas, resultando em um mosto mais concentrado, já que o gelo retém parte da água. O Canadá é um dos principais produtores desse tipo de vinho, graças ao seu clima rigoroso e propício.

O segundo método envolve a chamada “podridão nobre”, processo no qual o fungo Botrytis cinerea ataca a casca da uva, perfurando-a e retirando parte da água. Isso concentra os açúcares e realça os sabores, originando vinhos doces e extremamente sofisticados.

Devido à presença de açúcar residual e ao potencial de guarda prolongado, os vinhos Riesling exigem atenção especial na hora da harmonização. Frequentemente, são melhor apreciados sozinhos, sem a companhia de pratos, para que suas nuances sejam plenamente percebidas.

Além da Alemanha, a Riesling também é cultivada com excelência na Áustria, na região francesa da Alsácia e em diversos países do Novo Mundo, como Nova Zelândia, África do Sul e Austrália. Seus vinhos estão entre os brancos mais longevos e sublimes do mundo.