Tempranillo

Essa casta apresenta cachos médios, compactos, com bagos de coloração negra brilhante e formato cilíndrico. Adapta-se bem a climas mais frios, sendo especialmente produtiva em solos argilosos ou pedregosos. Versátil, a Tempranillo pode ser vinificada sozinha (em vinhos varietais) ou em cortes com outras uvas como Syrah, Garnacha, Cabernet Sauvignon e Mazuelo, resultando em tintos de alta qualidade.

Em Portugal, ela também tem papel de destaque, sendo chamada de Tinta Roriz no Douro e Aragonez no Alentejo. Lá, participa da produção de vinhos tintos encorpados, estruturados e saborosos, com grande potencial para envelhecimento em carvalho. Esses vinhos geralmente exibem cor intensa, aromas pronunciados e um longo e agradável retrogosto.

A Tempranillo tem despertado interesse internacional, sendo cultivada também na Austrália e Argentina — nesta última, originando vinhos mais leves, macios e com aromas de frutas silvestres.

Os vinhos elaborados com essa casta são agradáveis para serem apreciados sozinhos, mas também harmonizam muito bem com diversos pratos. Para realçar seus sabores marcantes, combine-os com pratos da culinária indiana, queijos de massa mole como brie e camembert, carnes grelhadas, cordeiro com ervas, carnes defumadas ou receitas típicas do norte da Espanha, como carne de javali.

Um exemplo de excelência é o Pintia 2010, produzido pela Bodegas Pintia com 100% de Tempranillo. Este vinho recebeu 95 pontos de Robert Parker e foi elogiado por Jancis Robinson, que o considerou o melhor Toro que já degustou. Também foi eleito pelo jornal El Mundo como o melhor vinho de Toro da safra de 2003. Com potência, estrutura e elegância, o Tempranillo mostra por que é uma das uvas mais respeitadas do mundo.